
Ainda em fase de adaptação na nova função, de líder do governo na Câmara Legislativa, o vereador Joel Júnior rebateu o colega Fermino e jogou lenha na fogueira ao dizer que o colega estaria com problemas de deficiência visual, ou seja, desmentiu o colega ao afirmar que as máquinas do consórcio ainda não haviam chegado no trecho da localidade de Campo Verde. Descobriu-se também que os funcionários que trabalham pelo consórcio costumam viajar para receber dinheiro e lá ficam, se esquecendo de retornar ao local de trabalho, paralisando as obras por até uma semana, segundo se informou.
Como não havia solicitado uso da fala, a vereadora Zilmai Ferreira de Jesus (PP) ganhou dois minutos para o anúncio da confirmação do início das obras de asfaltamento da MT-241, entre o Jardim Petrópolis até a entrada da Forquilha, provavelmente. Aí começaram os apartes sobre apartes e as tréplicas sobre réplicas, numa clara demonstração que a disputa ao governo do Estado contagiou a Casa de Leis de Nobres. É Fermino que elogia Silvestre que se defende de Adão, deixando a vereadora que fazia uso da fala a espera do debate. Fermino discordou do líder do governo quando este se referiu a falta de óculos para enxergar e da mesma forma, Silvestre não recebeu bem a fala do colega Adão que tentava descaracterizar o seu trabalho como parlamentar. Segundo Silvestre Campos, Nobres não pode deixar passar as oportunidades que cruzam o seu caminho.
E Fermino desafiou o líder do governo com relação a uma suposta precariedade nas estradas rurais, dizendo que o líder precisa ir lá ver a realidade, se possível, acompanhado da imprensa. O vereador Buri (PDT), mais comedido, também disse que a estrada da Rio Novo está precária em determinados trechos.
O presidente Beto Valandro (PSDB), apesar de não entrar no mérito da disputa, teve que se haver com o tempo de argumentação de cada um, salientando que os vereadores deveriam se ater ao tema dominante. Aliás, o tempo tem sido aquela pedrinha no sapato do presidente, que tem procurado equacionar esse "danadinho", que teima em fugir do controle onde alguns vereadores teimam em multiplicar o tempo de fala. Para o vereador Fermino, os debates são necessários para a preservação do regime democrático.
E lá se foram alguns preciosos segundos que viraram minutos e que foram além dos cinco utilizados nas réplicas e tréplicas, um tanto quanto animadoras do ponto de vista da '
água com açúcar' que costuma marcar as reuniões da Casa Legislativa.
A próxima, do dia 15 de julho, para fechar o semestre, promete mais debates. A sucessão do presidente Beto Valandro
