O novo caminho velho estabelecido a partir de algumas siglas partidárias em Nobres está deixando as paredes (cheias de ouvidos) das reuniões internas e vazando a opinião pública acerca de um puritanismo nunca antes visto na política local.
As anunciadas rejeições a pessoas e a partidos políticos que escapam por entre os dedos ou saem da boca de algumas pessoas, inadvertidamente ou por querer mesmo expressar isso, vem fazendo estabelecer em Nobres um cenário até então desconhecido, de um movimento político revolucionário e praticado só por imaculados.
Nada contra essa pretensão, mas tudo indica que a vida pública em Nobres se resumirá ao antes e o depois das eleições municipais deste ano. Provavelmente, a partir da entrada em cena de alguns pseudopolíticos, alguns dos quais propondo vetos a nomes apresentados, mas sem apresentar, de “per si”, um cacife eleitoral convincente e sem conhecer o que é ir de casa em casa pedindo voto.
Este que veta aquele, que vetou aqueloutro e que será vetado depois. Este será o ano do “veto”, é de se acreditar, mas sem todos conhecerem, de fato, como funciona os bastidores da política em Nobres.
A cultura do pragmatismo ainda não chegou às camadas sociais mais pobres e mesmo dentre os denominados da classe média onde, nos anos anteriores, não foi o que se viu e sim a velha tese da política cuiabana, que diz: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Até porque, infiltrados entre os pragmáticos e puritanos estão algumas pessoas de reconhecida rejeição, conquistada por práticas anteriores nada convencionais. Estão em meio aos puritanos, alguns nomes que ainda hoje, não se recomendaria as suas beatificações.
Tomemos por exemplo o que ocorreu em 2012, quando muitos defenderam a reeleição de um candidato que detinha a máquina pública em Nobres. Naquele período, o pragmatismo foi deixado de lado e a única visão que se tinha do governante é de quanto ele poderia oferecer para conquistar aliados.
Atualmente, por uma ou duas caras novas que estão aí, a política está sendo feita de modo pragmático, mas com gente se auto intitulando como uma espécie de precursor de um novo tempo.
E entre os pragmáticos não estariam pessoas interesseiras ou interessadas em algum tipo de vantagem? Como o pragmatismo conviverá com o tamanho dos convergentes ao novo modelo de fazer política? São tantas as perguntas e a mais importante delas é: “todos os pragmáticos pensam no bem de Nobres?”.
E o pragmatismo inclui uma legião de pretensos candidatos proporcionais que se apresentam pleiteando, a priori, recursos para custeio de campanha? De perto de uma centena de proporcionais, apenas 11 vingarão, mas, como conviver com esse “batalhão” a choramingar diuturnamente, querendo dinheiro para a campanha?
A política, infelizmente, ainda é feita com base empírica, salvo algumas exceções científicas, trazidas por vendedores de cadernos de opiniões públicas que satisfaçam a gregos e a troianos.
Então, daqui até as eleições, teremos uma dura batalha sendo travada, entre os pragmáticos e precursores de um novo modelo de política, à base daqueles que têm sempre o direito reservado de atirar a primeira; contra os que acreditam que tudo ainda funciona através do curandeirismo e de experiências de outrora. O tempo por testemunho.