
Nada é tão complexo quanto a dor da família que perdeu o único filho, morto por afogamento no dia 13 de outubro de 2018. E as informações repassadas à imprensa também causaram constrangimento e são equivocadas do ponto de vista da localização, em que a referência geográfica apresentada é a Cachoeira do Tombador, com a citação de que o infausto acontecimento teria ocorrido em “ponto turístico”.
Na verdade, o afogamento ocorreu no Rio Serragem, nas proximidades da ponte que demanda a Serra do Tombador, em direção ao município de Diamantino e a região Norte e vice-versa.
A informação conflita com uma realidade que já é do conhecimento de muitos, de que a RPPN (Reserva Particular de Proteção Natural) do Vale do Tombador é de propriedade privada, cujo acesso encontra-se lacrado e proibida a visitação. Alguns teimosos vão pela margem do rio até a cachoeira, desrespeitando a proibição e correndo risco de ser picado por cobras. Mas, o maior problema é a invasão da RPPN, mesmo com a proibição e as recomendações que já são de conhecimento público.
E quando ocorre uma tragédia dessa que ocorreu com o garoto, distante da Cachoeira do Tombador, a informação é feita de forma equivocada, utilizando-se como referência um “ponto turístico” não catalogado pelo município e pertencente ao patrimônio da Votorantim Cimentos.
O secretário municipal de Turismo e Cultura de Nobres, Daniel Martins da Cruz, lamenta o ocorrido e solidariza-se com a família da criança que faleceu por afogamento. Martins também lamenta o fato de a informação ser repassada de forma distorcida, citando o fato com a denominação equivocada de “ponto turístico” quando na verdade o Rio Serragem deveria ser o constante da informação, divulgada de forma incorreta. Até porque, a família estava banhando em local acessível a todos, distante da Cachoeira do Tombador ao menos uns 300 metros.
De acordo com Daniel Martins (foto), a dor da perda de um filho é muito maior, infinitamente maior que a divulgação de uma notícia equivocada.